domingo, 10 de abril de 2011

Belo texto de Ana Jácomo...

"Não sei exatamente em que momento comecei a despertar. Só sei que não importam todos os rabiscos que já fizemos nem todos os papéis amassados na lixeira, porque todo texto bom de ser lido antes foi rascunho. E, por mais belo que seja, é natural que, ao relê-lo, percebamos uma palavra para ser acrescentada, trocada, excluída. A ausência de uma vírgula, a necessidade de um ponto, uma interrogação que surge de repente...

Viver é refazer o próprio texto muitas, incontáveis, vezes.

Não sei exatamente em que momento comecei a despertar. O que sei é que não quero aquele sono outra vez..."

Ana Jácomo

Um comentário:

Natalie Dowsley disse...

Lindo demais esse texto! Na verdade, depois de uma nova vivência e descoberta não há mais como voltar ao ponto de partida... nem se quiséssemos! Esta é a beleza e dor de sermos o que somos.
Beijos, Pati!!!