sábado, 27 de dezembro de 2008

E para 2009...

Não esqueça de olhar as estrelas
De amar e sentir as pessoas
De compor outros versos
De beijar novos rostos
De falar e olhar para si mesma
De andar pelo desconhecido
De cantar sem saber a letra
De lutar pelo que acredita
De fazer belas rimas
E divagar pelos sons
Mesmo quando o sonoro parecer dissonante.

Cores de Frida Kahlo



No silêncio da dor as ruas tornam-se mais claras.
Na ausência das gargalhadas o ranger dos dentes soa mais perceptível.
O amargor da alma adoça os versos.
As dores recolhidas silenciam nossa história,
e por compormos um novo mundo em nós, refazemos nossos percursos
e ,definitivamente, jamais somos os mesmos.

Patrícia Gonçalves.


"Eu ando pelo mundo
prestando atenção em
cores que não sei o nome
cores de Almodóvar, cores de Frida Kahlo. Cores..."


Um brinde à Frida Kahlo
Mulher intensa, forte e passional, que se recusou passar desapercebida neste mundo!

domingo, 14 de dezembro de 2008

Roda viva...

Nunca a definição de Chico fez tanto sentido para mim...
Exatamente isso! Uma roda... Caminhos circulares, percursos rotativos...
Movimentos centrífugos e centrípetos. Hora perto, hora longe de um mesmo centro.
Pois é, este mesmo centro de produção, reprodução e propagação de sentimentos chamado alma!
Sempre passando pelo mesmo lugar...
Mas perceba: se a vida te leva aos mesmos caminhos é porque precisas rever as velhas paisagens. E estas desejam ser novamente percebidas, mas não pelos mesmos olhos.
Desejam ser apreciadas com um rigor ainda não utilizado por essa “expectadora” negligente.
Precisam ser averiguadas, observadas nas minúcias e em seus mais ricos detalhes...
A vida me convida a mais um ciclo, a mais uma volta pelas paisagens já conhecidas, porém nunca plenamente contempladas...


"Roda mundo, roda gigante
Roda moinho, roda pião
O tempo rodou num instante
Nas voltas do meu coração..."

segunda-feira, 8 de dezembro de 2008

Excesso exceto

O que se abre aberto
Se aproxima perto
Pra esvaziar o já deserto
Desorienta o incerto
Ruma sem trajeto
Nunca existiu mas eu deleto

Querer sem objeto
Voz sem alfabeto
Enchendo um corpo já repleto
O excesso, o excetoO etcétera e todo resto
Do chão ao céu, da boca ao reto

Eu só eu
No meu vazio
Se não morreu
Nem existiu
Só eu só No meu pavio
Futuro pó Que me pariu

Lenine e Arnaldo Antunes


Para quem não entendeu a letra da música:

"A poesia, quando explicada, torna-se banal.
Melhor do que qualquer explicação,
é a experiência de sentimentos que a poesia pode revelar
a uma alma suficientemente aberta para entendê-la." (do filme O carteiro e o poeta).

sábado, 6 de dezembro de 2008

Odorífero

A identidade mais remota.
O que há de mais primitivo
Aquilo que parece ser intransferível, perceptível e inigualável.
A comunicação mais depurada
A melhor forma de tê-lo comigo após sua partida.
Nada de fotografias, palavras ou lembranças.
Quero somente o teu aroma a percorrer os meus sentidos...
Apenas o que há de mais essencial em você...
E por fim... O meu suspiro.

terça-feira, 2 de dezembro de 2008

Tênue desejo...

Às vezes o desejo é de mergulhar nas águas mais profundas da alma e de lá não retornar.
Voltar-se para dentro, como se o externo nada fosse, nada pudesse revelar.
Transfigurar-se em melodias, acordes ou poesia. E por fim transformar-me só em silêncio... Nada mais.


"Calma alma minha, calminha. Você tem muito o que aprender"