segunda-feira, 8 de dezembro de 2008

Excesso exceto

O que se abre aberto
Se aproxima perto
Pra esvaziar o já deserto
Desorienta o incerto
Ruma sem trajeto
Nunca existiu mas eu deleto

Querer sem objeto
Voz sem alfabeto
Enchendo um corpo já repleto
O excesso, o excetoO etcétera e todo resto
Do chão ao céu, da boca ao reto

Eu só eu
No meu vazio
Se não morreu
Nem existiu
Só eu só No meu pavio
Futuro pó Que me pariu

Lenine e Arnaldo Antunes


Para quem não entendeu a letra da música:

"A poesia, quando explicada, torna-se banal.
Melhor do que qualquer explicação,
é a experiência de sentimentos que a poesia pode revelar
a uma alma suficientemente aberta para entendê-la." (do filme O carteiro e o poeta).

2 comentários:

Patrícia disse...

"Eu só eu no meu vazio, se não morreu nem existiu..." PERFEITO!!!

Milla disse...

Pati
tu é blogueira também... que feliz!

música linda
dos homens que amo!
vamos nos frequentar mutuamente! =)