quarta-feira, 29 de julho de 2009

Por quê?! Ora...

Porque sempre existirão palavras não ditas,
sentimentos não vividos, amores perdidos e reencontrados.
Porque a vida passa rápido demais e não há segunda chance.
Porque os sentimentos verdadeiros sempre são mais difíceis de se expressar.
Porque nossas certezas serão sempre postas à prova
e sempre haveremos de nos redescobrir.
Porque seus braços não estarão sempre comigo
e a liberdade nunca será completa.
Porque sonhamos a céu aberto e esse mundo sempre será duro demais para nós.
Porque jamais ousarei ser tudo e para mim bastará apenas que seja belo.
Que cada lágrima seja com sentido e cada palavra nunca dita em vão.
Que cada grão da minha fé me leve ao inesperado
e que eu jamais perca a capacidade de sonhar.
Porque as vezes é dificil acreditar, mas depois que se acredita é muito mais cruel retroceder.
Porque nossos sonhos não são comprados e o que realmente faz sentido, nem sempre todos conseguem perceber.
Porque o mundo todo está de partida, mas o que mexe comigo é a chegada.
Porque a pressa pede que sejamos breve, mas quero decifrar cada descoberta neste plano e num futuro.
Porque desejo o inaudito e sei que ele terá cor, textura e forma.
Porque um mundo inteiro pode não acreditar, mas eu seguirei tentando.
Porque todos erram e eu jamais poderia ser diferente.
Porque as pessoas exigem perfeição, mas eu espero apenas SINCERIDADE.
Porque tudo pode não parecer fazer sentido, mas eu ouso acreditar... Sempre!
Porque sempre poderá ser possível e eu acredito que Nele tudo há de se tornar real. Porque sem credulidade não faz sentido estar aqui e apesar do pessimismo soar mais inteligente e racional, a vida sempre terá mais cor aos olhos dos que confiam.
Porque a vida me ensinou a ser diferente e eu espero não parar de me transformar e que cada experiência me permita ser melhor, sem abandonar o que me faz tão bem...

domingo, 12 de julho de 2009

Das certezas que a vida trás

“Você é como eu। Tem sede de vida!” Foi o que ele lhe disse...
Ela pensou e logo admitiu...

Não poderia deixar de concordar. Afinal, de fato, tinha muita sede. Então questionou “Por quê? E de onde ela vem?”
Retrocedeu alguns compassos e percebeu que durante muito esteve imersa em tantas questões que por longo tempo andou as voltas consigo mesma... Como se o tempo passasse, mas não fosse capaz de avançar। Como quem está presa em um dado momento e dele não se permiti retirar. Uma espécie de exílio voluntário. Talvez necessário, mas conformado por vastos retrocessos. Como alguém que abre mão da própria liberdade.

E foi isso... Percebeu que esteve presa a um passado que parecia não poder abandonar. Por longo tempo foi preciso passar pelos mesmos caminhos, com a mesma dor, com os mesmos olhos, sempre encobertos pela mesma nódoa. Como se as horas nunca prosseguissem. Sempre voltada para o mesmo ponto. Até que um dia, a vida ousou passar. E como quem avista o mar pela primeira vez, pode contemplar a imensidão, o horizonte amplo. Daí passou a desejar o inaudito. Tudo aquilo que não tem nome, mas que conhecia tão de perto, tão por dentro...
E hoje já não sabe viver de outra forma। Já não cabe em si tanto desejo. E já se torna tão claro e transparente que além de si, o universo todo reconhece.

—Tenho se de vida, sim! Sede que não passa! Sede que não cabe mais em mim...


Tempo, tempo mano velho, falta um tanto ainda eu sei
Pra você correr macio...
...Tempo, tempo, mano velho!
Tempo, amigo. Seja legal. Conto contigo, pela madrugada.
Só me derrube no final”.