sábado, 1 de outubro de 2016


Sobre sombras

As sobras sempre retornam. Marcam encontros inesperados. Ressurgem dos cristais antigos, dos livros esquecidos sob as estantes empoeiradas. 
Revisam os rascunhos espalhados pelo chão. São reconto de histórias conhecidas. 
Chegam pontualmente, sem avisar. Se impõem. Se fazem presentes. Quem precisa de convites?! Chegam antes da festa, vão embora sem avisar. E sob os sinais que antecedem sua chegada: uma anunciação de desmantelos... (Respira!)
Do outro lado estou eu, sem anestésicos. Não bebo, não fumo, não me drogo. Quisera comesse                                                                                     compulsivamente. 
Não! Eu as recebo à pele crua. Só navalha afiada talhando a pele, jorrando sangue e embebedando a alma. 

Seja bem vida! Volte quando eu não desejar!