segunda-feira, 8 de novembro de 2010

“Quando você conta a sua vida eu lembro um pouco da minha...”

Se eu imaginasse como poderia ser a história de um grande amor, certamente a definiria assim:
uma vida compartilhada de forma tão intensa, viva e verdadeira que ao resgatar a minha própria história, lembraria de uma outra...

Falo (aqui) do amor no sentido mais diverso que a palavra pode alcançar:

O amor de uma mãe, que ao recordar os primeiros passos de um filho, também resgata em si as grandes descobertas de sua própria história. Revisita suas primeiras lições de renúncia, cuidado e afeto.
O amor entre irmãos, que apesar do campo de disputas, compartilharam as primeiras brincadeiras, alegrias e grandes descobertas.
O amor entre amigos, que descobrem a receita de um largo sorriso, ao relembrar as muitas aventuras compartilhadas...
Em fim, se o amor pudesse ser dimensionado caberia nos percursos da troca. Eu acredito no amor, exatamente porque acredito na necessidade do outro. Afinal, sozinhos somos apenas um eco... A projeção de nossas angustias, sensações e sentimentos no mais absoluto silêncio.
O que seria de mim sem o outro?
Como ser eu sem saber onde se inicia o que está além?
Em que medida posso me diferenciar enquanto ser, se não tenho a quem me contrapor?

A troca nos permite crescer e evoluir enquanto ser e espécie. Definitivamente sozinhos não somos nada. Não avançamos e fatalmente não existimos.
O outro me ajuda a entender um pouco mais sobre a vida, sobre o mundo e, principalmente, soube quem eu eventualmente posso ser...

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