segunda-feira, 2 de novembro de 2009

Onde eu me encontro agora?

Saudade de mim e dos tempos em que estive comigo.
Do olhar contemplativo, dos acordes ressoantes em uma calma que costumava não passar.
Saudade do olhar crédulo, do coração pulsante e do sorriso largo, que a pressa jamais conseguiu silenciar.
Nostalgia dos tempos de poesia rara, das notas que naturalmente compunham a melodia.
Do andar sereno e da pressa acalentada pela rima que trazia leveza aos dias...
Saudade dos versos que não fiz. Das canções que não cantei. Dos lugares que deixei de conhecer e dos sorrisos que calei. Saudade da minha companhia, do meu colo, do meu olhar para o mundo e das minhas tênues conclusões sobre a humanidade...
Saudade de mim...


Ser essência... Muito mais...
A porta aberta, o porto acaso, o caos, o cais...

Se lembrar de celebrar muito mais...

Um comentário:

O Árabe disse...

Saudades de um tempo, talvez; porque sempre é possível o reencontro consigo mesmo. Belo texto! :) Boa semana.