sábado, 18 de outubro de 2008

Aos 25...

Ouvi essa frase e nunca mais esqueci. “Aos 25 anos a mulher chega ao auge de sua beleza, daí por diante... Só lamento”. Nem preciso dizer que foi de um homem. Pelo conteúdo, digamos, tendencioso é mais que perceptível. Rs
Não sei o que os 25 emerge no imaginário masculino, mas posso dizer que os meus vinte e cinco anos são e estão sendo emblemáticos!


É como se pressentíssemos algo que está por acontecer, já sentindo as ebulições do transitório. É um misto de despedida com saudade, associado a uma ansiedade de não sei bem o quê...
Ouço e sinto um “bem vindo ao mundo dos adultos”, um determinado senso de seriedade, uma temerosa RESPONSABILIDADE. Ao mesmo tempo ressoam em mim as desejosas aventuras de uma adolescência mal resolvida; os infantes caprichos de uma criança que insiste em não dormir; os acordes das cantigas de ninar, regadas por uma incessante vontade de REDEFINIR.
É um retorno ao que fomos, na tentativa de construir o que iremos ser. E para isso passamos por todas as faces refletidas em um mesmo espelho...
Reconstruo o que foi bom, sobre as cicatrizes do que ainda dói. Remonto as imagens repartidas, dando novas cores e sonoridade. RESSIGNIFICO! Escolho fazer diferente, ouso fazer melhor.
Celebrando minha historia, leio e releio, sem nem mesmo acreditar aonde cheguei.
− Ta vendo garota?! No fundo eu bem que te avisei... rs
Meus vinte e cinco anos chegaram para mim com a primavera, celebrando comigo o mês de setembro. Inundou a minha vida de novos perfumes, me trouxe de volta a alegria da infância, os sonhos da adolescente com a destreza de uma suposta “adultecência” rs. Agora reúno em mim o melhor de todas “elas” e com cada “uma” celebro o ser que me tornei. Não sei se este é o cume, mas a vista daqui de cima é gratificante e bela. Não sei o que dizem daí de fora, mas a vista daqui de dentro é ainda mais singela.


Patrícia Gonçalves. 17/10/2008.

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