Almejo um tempo que não é este
Por um caminho não percorrido
Busco aqui dentro o inaudito
O estranho mundo de quem procura
Revejo as ruas, velhas estradas
Recorro ao vento em pensamento
Desprezo o choro e os vãos lamentos,
Por receber sempre da aurora um vespertino sentimento
Seguindo calmo ou caudaloso
Nos muitos rios da madrugada
Busco em teus beijos a vil jornada
Que leve embora o meu tormento
Percebo ao fim da vã pintura
Os meus traçados mal acabados
Velhos escritos de amargura
E um mesmo mar de embriagados.
Patrícia G. 03/07/08
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