quarta-feira, 13 de março de 2013

Ao mar simplesmente amar...

Quantas dúvidas cabem num só lugar. Os percursos do feminino são cheios de nuances. Meandros tão curvilíneos quanto o nosso corpo. Rotas tão emaranhadas, onde presente, passado e futuro encontram-se ponto a ponto, buscando um lugar comum, uma morada, um abrigo... Um lugar para descansar, condensar, navegar todas as incertezas... E o meu barco a velas tenta seus ajustes, ordena-se frente aos ventos. Arqueia, levanta... Cordas, nós, sobem as velas, baixam-se velas... Remendos nos rasgões que os ventos romperam... Ajustes. Erguem-se as velas, ajustam-se mastros e o mar a vista, avista ainda muitos mares a navegar. Rompem-se ondas, quebra-se mar. Ranhuras nos corais, corpo a sangrar... Mas barco também é abrigo e há suprimentos para sanar. Tempestades a vista, agita-se amar... Mas ao mar, basta-se o mar... Ao mar, basta-se Amar... E leva-se tempo ao ofício de navegar. Sete mares de vida aptos ao ensino e ao mar basta-se nadar... Ao mar, basta-se amar. Novamente, erguem-se âncoras, ajustam-se velas. Lenços brancos acenam partidas e ao mar cabe o ofício do mar, ao mar cabe navegar... Ao mar, simplesmente amar...

2 comentários:

Unknown disse...
Este comentário foi removido por um administrador do blog.
Unknown disse...

Tão inspirador ...